segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Produção do PlayStation 4 começa ainda em 2011
A Sony deve iniciar a produção do PlayStation 4 até o fim de 2011 para lançar o novo console em 2012, de acordo com fabricantes de peças de Taiwan consultadas pelo site DigiTimes.
O novo console deve ser controlado no estilo do Kinect, do Xbox 360, ou seja, com os próprios movimentos do corpo. Recentemente, a Sony confirmou que trabalha em um sucessor para o PlayStation 3, principalmente após ataques que derrubaram a rede PSN no mundo inteiro.
A Foxconn e a Pegatron Technology, que produzem partes do PS3, continuarão sendo responsáveis pelo PS4. A Sony planeja distribuir um total de 20 milhões de novos consoles durante o ano de 2012.
fonte- Olhar Digital
AMD anuncia primeiro centro de inovação em tecnologia Fusion
27/01/2012
O ambiente, que deve ser replicado no futuro para outros países, tem como intuito financiar, coordenar e promover pesquisas e desenvolvimento de novas soluções.
A AMD acaba de anunciar o primeiro centro de inovação dedicado exclusivamente à tecnologia Fusion – que reúne chip gráfico e processador em um único componente –, na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.
O objetivo do AMD Fusion Center of Innovation é criar um ambiente que permita o desenvolvimento de soluções inovadoras e garanta avanços na performance de software em ambientes de computação heterogênea. O centro ainda vai financiar, coordenar e promover novas iniciativas nas áreas de pesquisa e propriedade intelectual.
O ambiente, que deve ser replicado no futuro para outros países, tem como intuito financiar, coordenar e promover pesquisas e desenvolvimento de novas soluções.
A AMD acaba de anunciar o primeiro centro de inovação dedicado exclusivamente à tecnologia Fusion – que reúne chip gráfico e processador em um único componente –, na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.
O objetivo do AMD Fusion Center of Innovation é criar um ambiente que permita o desenvolvimento de soluções inovadoras e garanta avanços na performance de software em ambientes de computação heterogênea. O centro ainda vai financiar, coordenar e promover novas iniciativas nas áreas de pesquisa e propriedade intelectual.
A escolha da Universidade de Ilinois para abrigar o centro de inovação da AMD deve-se ao fato de diversas start-ups terem surgido no local, entre elas, a criadora do Mosaic, que foi o primeiro web browser do mercado, desenvolvido por Marc Andreessen, em 1992.
A primeira grande iniciativa do AMD Fusion Center of Innovation será a oferta de um curso voltado a estimular o empreendedorismo, ministrado por especialistas em diversas áreas e na qual os alunos receberão informações sobre criação de start-ups, vendas e oferta de tecnologias para computação heterogênea da AMD.
Ao final do curso, os alunos irão submeter projetos para dois fundos de investimento: AMD Fusion Fund e Ilinois Ventures.
A tecnologia AMD Fusion combina uma CPU multinúcleos, GPU em nível discreto e outros aceleradores de hardwares em um único chip, com alta eficiência de energia. A tecnologia permite interface de usuário inovadora, entretenimento em alta definição, criação de conteúdo, navegação rápida na internet e aplicativos de mídia acelerados.
“O AMD Fusion Center of Inovation, na Universidade de Illinois, provém o ambiente acadêmico perfeito de desenvolvimento de software” afirma Manju Hegde, vice-presidente corporativo do AMD Fusion Experience Program. “Nós acreditamos que a computação heterogênea será fator preponderante na inovação em interface de usuários e experiência de imersão, que serão desenvolvidas por alunos interessados. A Universidade de Illinois servirá como modelo para futuros centros ao redor do mundo”, acrescenta Hegde. Visite www.amd.comsegunda-feira, 13 de setembro de 2010
Minhas Duvidas de Português .
Figuras de Estilo: Eufemismo - 2 -
Eufemismo (Figura de estilo – de pensamento ou tropos)
Muita gente não pronuncia certas palavras nem a pedido do Se-nhor. Alguns chegam a acreditar que as palavras têm função mágica. Se negativas, têm efeito negativo. Falou? Não dá outra. Atraiu. Disse diabo? Valha-nos, Deus! O capeta aparece. Pro-nunciou câncer? Melhor se benzer, ou bater na madeira. Para não correr riscos, melhor ficar com as iniciais ca. Fazer o quê? O jeito é adocicar o termo — buscar vocábulos ou expressões mais brandos para exprimir a mesma ideia. "As palavras", diz Camé-lia Dib, "são tão fortes que viram verdade. Por isso só diga ou pense palavras boas, generosas, de alto astral." Moral da histó-ria: as denominações têm um denominador comum. São eufe-mismos.
Eufemismo, eutanásia, euforia e eufonia têm a mesma origem. São gregas. Meio-irmãs, as quatro exibem o prefixo ―eu‖. O pe-quenino é gente fina. Quer dizer bom ou bem. Eutanásia signifi-ca boa morte. Euforia, perfeito bem-estar, alegria expansiva. Eufonia, o bom soar das palavras. Eufemismo, a melhora na a-cepção do termo.
Para que tantos recorrem, enfim, ao ―eufemismo‖? Os eufemismos, malandramente, acabam sendo usados para ocultar, atenuar (às vezes até se valendo de certo humor) ou disfarçar realidades. É assim que vítimas inocentes nas guerras, mulheres, crianças, idosos viram ―efeitos colaterais‖, mentir vira ―faltar com a verdade‖ e corrupto vira ―aquele que caiu em ten-tação‖. Vivemos imersos em uma avalanche de eufemismos. Quanto mais crítico o olhar sobre a mídia, mais se perceberá. Para se livrar de rótulos indesejáveis, faxineira(o)s viram ―pro-fissionais da limpeza‖, policiais viram ―profissionais da seguran-ça‖ e catadores de papelão e latinha viram ―profissionais de re-ciclagem‖. Só para começar, antes de despejarmos aqui uma enxurrada de eufemismos, atentem para os exemplos a seguir:
Figuras de Estilo: Eufemismo - 3 -
Originalmente: Expressão suavizadora: A empresa faliu descontinuou suas atividades Fui demitido vou me dedicar a projetos pessoais Envelheceu atingiu a maturidade Louco excêntrico (se for rico), sanidade abalada Ladrão cleptomaníaco (se for rico) Está doente saúde anda frágil Prostituta garota de programa Gay homoafetivo Evacuar passar um fax O Eufemismo e o politicamente correto O uso de eufemismos costuma estar a serviço de ideologias. Vo-cês sabem que apareceu um famoso e discutível Dicionário do Politicamente Correto? Em maio de 2005, o país foi surpreendi-do pelo lançamento do que O GLOBO classificou de ―Cartilha do Bom-tom‖, na verdade a Cartilha do ―Politicamente Correto‖, elaborada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A Cartilha caiu como uma bomba. Foram tantas as críticas que o governo houve por bem retirá-la de circulação. Foi considerada exagerada demais e hipócrita, ridícula. Vejam al-gumas das condenações: A COISA FICOU PRETA: forte conotação racista contra os ne-gros, pois associa o preto a uma situação ruim. AIDÉTICO: termo discriminador, o correto é HIV positivo ou so-ropositivo, para quem não apresenta os sintomas, e pessoa com Aids ou doente de Aids, para quem apresenta os sintomas. ANÃO: são vítimas de um preconceito peculiar: o de sempre se-rem considerados engraçados. Não há nada especialmente en-graçado. O fato de ser anão não afeta a dignidade. BAIANADA: atribui aos baianos inabilidade no trânsito. É um preconceito de caráter regional e racial, como os que imputam
Figuras de Estilo: Eufemismo - 4 -
malandragem aos cariocas, esperteza aos mineiros, falta de in-teligência aos goianos e orientação homossexual aos gaúchos. BARBEIRO: xingamento para motorista inábil. Ofensiva ao pro-fissional especializado em cortar cabelo e aparar a barba. BEATA: deprecia mulheres que vão com muita frequência à mis-sa. COMUNISTA: contra eles foram inventadas calúnias e insultos, para justificar campanhas de perseguição que resultaram em assassinatos em massa, de caráter genocida, como durante o regime nazista na Alemanha. FUNCIONÁRIO PÚBLICO: depois de sistemáticas campanhas de desprestígio contra o serviço público, os trabalhadores dos ór-gãos e empresas públicas preferem ser chamados de servidores públicos, para enfatizar que servem ao público mais do que ao Estado. GILETE: o termo adequado é bissexual. HOMOSSEXUALISMO: é mais adequado usar homoafetividade. Homossexualismo tem carga pejorativa ligada à crença de que a orientação homossexual seria uma doença, uma ideologia ou movimento político. MULHER DA VIDA OU DE VIDA FÁCIL: eufemismos para caracte-rizar a profissional do sexo, prostituta. MULHER NO VOLANTE, PERIGO CONSTANTE: frase preconceitu-osa contra as mulheres, a quem se atribui menos habilidade no trânsito em comparação com os homens, contrariando, aliás, os levantamentos estatísticos. NEGRO: a maioria dos militantes do movimento negro prefere este termo a preto. Mas em certas situações as duas expressões podem ser ofensivas. Em outras, podem denotar carinho nos diminutivos neguinho ou minha preta.
Figuras de Estilo: Eufemismo - 5 -
PALHAÇO: o profissional que vive de fazer as pessoas rirem po-de se ofender quando alguém chama de palhaço uma terceira pessoa a quem se atribui pouca seriedade. SAPATÃO: usada para discriminar lésbicas, mulheres homosse-xuais. Entendidas e lésbicas são termos mais adequados. XIITA: um dos ramos do Islamismo se tornou no Brasil termo pejorativo que caracteriza militantes políticos radicais e inflexí-veis. A tendência à linguagem politicamente correta surgiu nos Es-tados Unidos, um país que tem uma longa tradição de defesa dos direitos humanos e, paradoxalmente, uma longa tradição de preconceitos. Como vimos, muitos preconceitos podem ser ex-pressos através de palavras. O ―Politicamente Correto‖ visa er-radicar expressões pejorativas, discriminatórias, sexistas e ra-cistas do discurso cotidiano. O objetivo é adotar um discurso ú-nico, consensual, que não fira a suscetibilidade de ninguém, le-vando ao desaparecimento de conflitos sociais. Para isso, reco-menda-se o eufemismo. O problema é que o politicamente correto cria terminologias ar-tificiais e ridículas que, com o uso, adquirem elas mesmas uma conotação negativa, obrigando a nova reformulação eufemística. Atua como camuflado em relação aos problemas de discrimina-ção e intolerância que permanecem, em vez de combater as su-as causas. Censura-se a linguagem, limita-se a liberdade de expressão, mas não se muda o que necessita ser mudado: a mentalidade. Trata-se simplesmente de um exercício de cosmética linguística. Daí a grande rejeição com a qual foi recebida a ―Cartilha do Poli-ticamente Correto‖, elaborada pela Secretaria de Direitos Hu-manos da Presidência da República.
Figuras de Estilo: Eufemismo - 6 -
Outras utilizações do Eufemismo Os ―eufemismos‖ são também utilizados para turbinar o marke-ting. Padarias se transformam em ―boutiques de pão‖, motéis em ―espaços inesquecíveis de lazer a dois‖ e centros de podolo-gia em ―Clínica dos Pés‖. Há também os tabus sexuais. Muitos eu-femismos foram criados para lidar especi-ficamente com tabus sexuais. Em certas culturas, as referências às relações se-xuais são sempre indiretas, como na or-todoxia judaica. Como se pode conhecer algo sempre evitando este mesmo algo? Somente em relação aos órgãos sexuais, as palavras pênis e vagina possuem jun-tas dezenas de ―apelidos‖. Já para fazer sexo, algumas expressões são até engraçadas. Ve-jam um pouco do que rola por aí: Afogar o ganso Bola na caçapa Molhar o biscoito Baratinha no espeto Dar tapa na aranha Agasalhar o croquete Envernizar a madeira Levar a tora para serrar Dar chinelada na cara do sapo Sobre a masturbação, o que se ouve? Socar o pilão Trocar o óleo Pelar o ganso Esticar o berimbau Comemorar com os 5 Descabelar o palhaço
Figuras de Estilo: Eufemismo - 7 -
Fazer o palhaço chorar Fazer uma homenagem... O Eufemismo e a Morte Mas a expressão campeã de eufe-mismos é a morte. Como é assun-to-tabu por excelência, há séculos mistificado, mitificado e bastante mal compreendido, sobretudo nas culturas ocidentais, esse é segu-ramente o termo mais eufemizado de todos os tempos e que encon-tramos exemplificado aos montões nos livros didáticos. Eis algumas pérolas da ―tanatolo-gia poética‖: Repousar lá no céu eternamente (Camões) Quando a indesejável das gentes chegar (Manuel Bandeira) Virou estrela no céu Voou para o firmamento Dormiu o sono eterno Deu o último suspiro e partiu Chegou a hora e ele(a) se foi Passou para o outro lado Partiu desta para melhor Vestiu o último paletó [de madeira] Mudou de endereço para sempre Papai do céu chamou (religião, infantil) Um anjo veio buscar (religião, infantil) Entregou a alma pra Deus (religião) Retornou ao Pai (religião) Subiu aos céus Descansou enfim Desencarnou (espiritismo) Encontrou a luz (espiritismo)
Figuras de Estilo: Eufemismo - 8 -
Encerrou seu estágio terreno (espiritismo) E o árido linguajar das páginas policiais: Apagou de vez / Bateu a caçoleta / Bateu as botas / Foi de-tonado / Virou presunto / Esticou as canelas / Caiu durinho da silva... Proposta de Trabalho Dividam-se em duas equipes. Uma delas deverá reunir argumentos para defender o uso da figura de estilo Eufemismo. A outra, ao con-trário deverá demonstrar que a utilização de eufemismos é desacon-selhável. Haverá um debate final para que todas as argumentações sejam expostas e um ―corpo de jurados‖, escolhido, chegue a um consenso. Usem a criatividade! Ao trabalho!
Eufemismo (Figura de estilo – de pensamento ou tropos)
Muita gente não pronuncia certas palavras nem a pedido do Se-nhor. Alguns chegam a acreditar que as palavras têm função mágica. Se negativas, têm efeito negativo. Falou? Não dá outra. Atraiu. Disse diabo? Valha-nos, Deus! O capeta aparece. Pro-nunciou câncer? Melhor se benzer, ou bater na madeira. Para não correr riscos, melhor ficar com as iniciais ca. Fazer o quê? O jeito é adocicar o termo — buscar vocábulos ou expressões mais brandos para exprimir a mesma ideia. "As palavras", diz Camé-lia Dib, "são tão fortes que viram verdade. Por isso só diga ou pense palavras boas, generosas, de alto astral." Moral da histó-ria: as denominações têm um denominador comum. São eufe-mismos.
Eufemismo, eutanásia, euforia e eufonia têm a mesma origem. São gregas. Meio-irmãs, as quatro exibem o prefixo ―eu‖. O pe-quenino é gente fina. Quer dizer bom ou bem. Eutanásia signifi-ca boa morte. Euforia, perfeito bem-estar, alegria expansiva. Eufonia, o bom soar das palavras. Eufemismo, a melhora na a-cepção do termo.
Para que tantos recorrem, enfim, ao ―eufemismo‖? Os eufemismos, malandramente, acabam sendo usados para ocultar, atenuar (às vezes até se valendo de certo humor) ou disfarçar realidades. É assim que vítimas inocentes nas guerras, mulheres, crianças, idosos viram ―efeitos colaterais‖, mentir vira ―faltar com a verdade‖ e corrupto vira ―aquele que caiu em ten-tação‖. Vivemos imersos em uma avalanche de eufemismos. Quanto mais crítico o olhar sobre a mídia, mais se perceberá. Para se livrar de rótulos indesejáveis, faxineira(o)s viram ―pro-fissionais da limpeza‖, policiais viram ―profissionais da seguran-ça‖ e catadores de papelão e latinha viram ―profissionais de re-ciclagem‖. Só para começar, antes de despejarmos aqui uma enxurrada de eufemismos, atentem para os exemplos a seguir:
Figuras de Estilo: Eufemismo - 3 -
Originalmente: Expressão suavizadora: A empresa faliu descontinuou suas atividades Fui demitido vou me dedicar a projetos pessoais Envelheceu atingiu a maturidade Louco excêntrico (se for rico), sanidade abalada Ladrão cleptomaníaco (se for rico) Está doente saúde anda frágil Prostituta garota de programa Gay homoafetivo Evacuar passar um fax O Eufemismo e o politicamente correto O uso de eufemismos costuma estar a serviço de ideologias. Vo-cês sabem que apareceu um famoso e discutível Dicionário do Politicamente Correto? Em maio de 2005, o país foi surpreendi-do pelo lançamento do que O GLOBO classificou de ―Cartilha do Bom-tom‖, na verdade a Cartilha do ―Politicamente Correto‖, elaborada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A Cartilha caiu como uma bomba. Foram tantas as críticas que o governo houve por bem retirá-la de circulação. Foi considerada exagerada demais e hipócrita, ridícula. Vejam al-gumas das condenações: A COISA FICOU PRETA: forte conotação racista contra os ne-gros, pois associa o preto a uma situação ruim. AIDÉTICO: termo discriminador, o correto é HIV positivo ou so-ropositivo, para quem não apresenta os sintomas, e pessoa com Aids ou doente de Aids, para quem apresenta os sintomas. ANÃO: são vítimas de um preconceito peculiar: o de sempre se-rem considerados engraçados. Não há nada especialmente en-graçado. O fato de ser anão não afeta a dignidade. BAIANADA: atribui aos baianos inabilidade no trânsito. É um preconceito de caráter regional e racial, como os que imputam
Figuras de Estilo: Eufemismo - 4 -
malandragem aos cariocas, esperteza aos mineiros, falta de in-teligência aos goianos e orientação homossexual aos gaúchos. BARBEIRO: xingamento para motorista inábil. Ofensiva ao pro-fissional especializado em cortar cabelo e aparar a barba. BEATA: deprecia mulheres que vão com muita frequência à mis-sa. COMUNISTA: contra eles foram inventadas calúnias e insultos, para justificar campanhas de perseguição que resultaram em assassinatos em massa, de caráter genocida, como durante o regime nazista na Alemanha. FUNCIONÁRIO PÚBLICO: depois de sistemáticas campanhas de desprestígio contra o serviço público, os trabalhadores dos ór-gãos e empresas públicas preferem ser chamados de servidores públicos, para enfatizar que servem ao público mais do que ao Estado. GILETE: o termo adequado é bissexual. HOMOSSEXUALISMO: é mais adequado usar homoafetividade. Homossexualismo tem carga pejorativa ligada à crença de que a orientação homossexual seria uma doença, uma ideologia ou movimento político. MULHER DA VIDA OU DE VIDA FÁCIL: eufemismos para caracte-rizar a profissional do sexo, prostituta. MULHER NO VOLANTE, PERIGO CONSTANTE: frase preconceitu-osa contra as mulheres, a quem se atribui menos habilidade no trânsito em comparação com os homens, contrariando, aliás, os levantamentos estatísticos. NEGRO: a maioria dos militantes do movimento negro prefere este termo a preto. Mas em certas situações as duas expressões podem ser ofensivas. Em outras, podem denotar carinho nos diminutivos neguinho ou minha preta.
Figuras de Estilo: Eufemismo - 5 -
PALHAÇO: o profissional que vive de fazer as pessoas rirem po-de se ofender quando alguém chama de palhaço uma terceira pessoa a quem se atribui pouca seriedade. SAPATÃO: usada para discriminar lésbicas, mulheres homosse-xuais. Entendidas e lésbicas são termos mais adequados. XIITA: um dos ramos do Islamismo se tornou no Brasil termo pejorativo que caracteriza militantes políticos radicais e inflexí-veis. A tendência à linguagem politicamente correta surgiu nos Es-tados Unidos, um país que tem uma longa tradição de defesa dos direitos humanos e, paradoxalmente, uma longa tradição de preconceitos. Como vimos, muitos preconceitos podem ser ex-pressos através de palavras. O ―Politicamente Correto‖ visa er-radicar expressões pejorativas, discriminatórias, sexistas e ra-cistas do discurso cotidiano. O objetivo é adotar um discurso ú-nico, consensual, que não fira a suscetibilidade de ninguém, le-vando ao desaparecimento de conflitos sociais. Para isso, reco-menda-se o eufemismo. O problema é que o politicamente correto cria terminologias ar-tificiais e ridículas que, com o uso, adquirem elas mesmas uma conotação negativa, obrigando a nova reformulação eufemística. Atua como camuflado em relação aos problemas de discrimina-ção e intolerância que permanecem, em vez de combater as su-as causas. Censura-se a linguagem, limita-se a liberdade de expressão, mas não se muda o que necessita ser mudado: a mentalidade. Trata-se simplesmente de um exercício de cosmética linguística. Daí a grande rejeição com a qual foi recebida a ―Cartilha do Poli-ticamente Correto‖, elaborada pela Secretaria de Direitos Hu-manos da Presidência da República.
Figuras de Estilo: Eufemismo - 6 -
Outras utilizações do Eufemismo Os ―eufemismos‖ são também utilizados para turbinar o marke-ting. Padarias se transformam em ―boutiques de pão‖, motéis em ―espaços inesquecíveis de lazer a dois‖ e centros de podolo-gia em ―Clínica dos Pés‖. Há também os tabus sexuais. Muitos eu-femismos foram criados para lidar especi-ficamente com tabus sexuais. Em certas culturas, as referências às relações se-xuais são sempre indiretas, como na or-todoxia judaica. Como se pode conhecer algo sempre evitando este mesmo algo? Somente em relação aos órgãos sexuais, as palavras pênis e vagina possuem jun-tas dezenas de ―apelidos‖. Já para fazer sexo, algumas expressões são até engraçadas. Ve-jam um pouco do que rola por aí: Afogar o ganso Bola na caçapa Molhar o biscoito Baratinha no espeto Dar tapa na aranha Agasalhar o croquete Envernizar a madeira Levar a tora para serrar Dar chinelada na cara do sapo Sobre a masturbação, o que se ouve? Socar o pilão Trocar o óleo Pelar o ganso Esticar o berimbau Comemorar com os 5 Descabelar o palhaço
Figuras de Estilo: Eufemismo - 7 -
Fazer o palhaço chorar Fazer uma homenagem... O Eufemismo e a Morte Mas a expressão campeã de eufe-mismos é a morte. Como é assun-to-tabu por excelência, há séculos mistificado, mitificado e bastante mal compreendido, sobretudo nas culturas ocidentais, esse é segu-ramente o termo mais eufemizado de todos os tempos e que encon-tramos exemplificado aos montões nos livros didáticos. Eis algumas pérolas da ―tanatolo-gia poética‖: Repousar lá no céu eternamente (Camões) Quando a indesejável das gentes chegar (Manuel Bandeira) Virou estrela no céu Voou para o firmamento Dormiu o sono eterno Deu o último suspiro e partiu Chegou a hora e ele(a) se foi Passou para o outro lado Partiu desta para melhor Vestiu o último paletó [de madeira] Mudou de endereço para sempre Papai do céu chamou (religião, infantil) Um anjo veio buscar (religião, infantil) Entregou a alma pra Deus (religião) Retornou ao Pai (religião) Subiu aos céus Descansou enfim Desencarnou (espiritismo) Encontrou a luz (espiritismo)
Figuras de Estilo: Eufemismo - 8 -
Encerrou seu estágio terreno (espiritismo) E o árido linguajar das páginas policiais: Apagou de vez / Bateu a caçoleta / Bateu as botas / Foi de-tonado / Virou presunto / Esticou as canelas / Caiu durinho da silva... Proposta de Trabalho Dividam-se em duas equipes. Uma delas deverá reunir argumentos para defender o uso da figura de estilo Eufemismo. A outra, ao con-trário deverá demonstrar que a utilização de eufemismos é desacon-selhável. Haverá um debate final para que todas as argumentações sejam expostas e um ―corpo de jurados‖, escolhido, chegue a um consenso. Usem a criatividade! Ao trabalho!
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